quarta-feira, 12 de junho de 2024

Arquivos Turma da Mônica N°1.268 - Magali: HQ "Pão, Pão, Beijo, Beijo!"

Capa de 'Magali nº 49' (Ed. Globo, 1991)

No Dia dos Namorados, mostro uma história em que o Quinzinho acha que a Magali namora com ele só por interesse por ele ser filho do padeiro. Com 8 páginas, foi história de abertura de 'Magali Nº 49' (Ed. Globo, 1991).

Escrita por Rosana Munhoz, Magali chega na padaria do Quinzinho e comenta que pão e coisa fofa, Quinzinho pensa que estava falando dele, mas depois de ela dizer que pode dar mordidinha, ele vê que estava falando do pão da vitrine e que ela estava comendo. Magali fala para ele não ficar assim e lhe pede um beijinho. Quinzinho faz biquinho para ela beijá-lo na boca, mas ela falava era do beijinho de coco da padaria.

Quinzinho fala para Magali que acha que só gosta dele porque é filho do padeiro e ela responde que nem que se fosse filho do quitandeiro, do doceiro ou de um dono de restaurante, ia gostar dele do mesmo jeito e vai embora para casa almoçar e Quinzinho resolve tirar a prova.

Depois do almoço, Quinzinho vai à casa da Magali e quer contar que aconteceu uma coisa grave, que o pai fechou a padaria, não estava dando lucro e vai abrir uma loja de ferramentas no lugar. Magali diz que não se pode comer martelos ou pregos, Quinzinho pergunta se vai continuar gostando dele e Magali confirma que sim.

Quinzinho vai embora, não sente firmeza e fica escondido atrás da árvore em frente à casa e vê Magali saindo de casa com bolsa, a segue e vê conversando com o filho do quitandeiro, achando que está jogando charme, e fica triste que não gosta dele. Depois, Magali conversa com o filho do doceiro e do filho do dono do restaurante e Quinzinho acha uma decepção.

Magali vê o Quinzinho, que fala que a viu com os filhos dos estabelecimentos e agora sabe que ela só fingia que gostava dele por causa dos pãezinhos, broas e docinhos e foi só dizer que o pai mudou de ramo que ela foi procurar logo três. Magali se irrita que é isso que pensa dela e terminam o namoro. Quando chega na padaria, Quinzinho vê os filhos dos estabelecimentos e tenta expulsá-los, dizendo que já terminou tudo com a Magali. 

Os meninos contam que como o pai do Quinzinho vai fechar a padaria, Magali queria que um deles convidasse o Quinzinho para ser ajudante, trabalhando em um dos estabelecimentos deles. Quinzinho fica envergonhado e vai atrás da Magali pedir perdão. Magali fala que agora é tarde, está tudo acabado entre eles. Quinzinho implora se não tem um jeito de ela perdoá-lo e no final mostra a Magali comendo os doces da padaria como forma de perdão e eles voltam a namorar.

História legal em que o Quinzinho pensa que a Magali namora com ele só por interesse por ele ser filho do padeiro e arma um plano para tirar a prova, inventando que a padaria faliu e o pai vai mudar de ramo, criar uma loja de ferramentas. Fica o mistério de Magali sair escondida e conversar com filhos de estabelecimentos do bairro, mas é revelado que era só pedido para os meninos chamarem o Quinzinho para ser ajudantes deles para não ficar sem atender fregueses.

Mostrou desconfiança se Magali gosta do Quinzinho por interesse ou não, se o namoro é por interesse do pai ter uma padaria e se caso ele fosse filho do dono de uma loja sem ser de ramo alimentício, Magali nunca teria lhe dado confiança. Nessa, mostrou que ela se preocupou com o Quinzinho de ficar sem atender os fregueses, mas não necessariamente se tem paixão por ele e no final continuou a dúvida se a Magali voltou para ele só por causa da padaria e poder comer tudo que quiser.

A desconfiança do Quinzinho deve ter aumentado quando Magali disse que ficaria com ele nem que fosse filho do quitandeiro, do doceiro, no caso, ela teria dizer que não fosse filho de dono de estabelecimento alimentício. Namoro entre eles nunca foi sincero e sempre tiveram boas tiradas por causa disso. Depois, ainda colocaram o pai do Quinzinho, Seu Quinzão, implicando com o namoro deles porque Magali comia as coisas da padaria sem pagar, dando prejuízo para ele e isso incrementou ainda mais as histórias dela assim. 

Foi engraçado ver a desconfiança do Quinzinho, segui-la, diálogos entre os dois como trocadilho inicial de pão e beijinho, com Quinzinho pensando que ela estava falando dele, Magali achar que coisa grave é queimar fornada de pãezinhos, Quinzinho chamar Magali de seu quindim, bombom e docinho de coco, a cara da Magali ao descobrir que o Seu Quinzão ia montar uma loja de ferramentas, ela sair na rua de bolsa. Foi bom que dessa vez os meninos dos estabelecimentos com etnias diferentes, teve um negro e um oriental, bem raro na época mostrar isso em uma mesma história. Os três apareceram só nessa história, como de costume com personagens secundários.

O título da história teve referência à novela "Pão-Pão, Beijo-Beijo" da TV Globo de 1983, e sem paródia, sendo a referência foi só o nome mesmo, esta história não tem ligação com a trama da novela. É incorreta atualmente por namoro entre crianças, Quinzinho querer beijo na boca, crianças trabalhando nos estabelecimentos alimentícios,  inclusive dizerem que é trabalho é proibido hoje em dia.

Traços ficaram excelentes, muito bonitos e encantadores, personagens bem fofos assim, pena que não foram muito usados esses traços nas histórias e a gente não saber quem desenhou, mas como a história foi escrita pela Rosana, pode ter sido desenhada por ela, já que muitas vezes costumava roteirizar e desenhar suas próprias histórias.

Créditos - Marcos Alves: 
https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2024/06/magali-hq-pao-pao-beijo-beijo.html

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