Capa de 'Magali Nº 143' (Ed. Globo, 1994) |
Em dezembro de 1994, há exatos 30 anos, era lançada a história "A terra do eterno Natal" em que a Magali vai parar em um país que se comemora Natal todos os dias se metendo em confusão. Com 17 páginas, foi publicada em 'Magali Nº 143' (Ed. Globo, 1994).
Magali comemora o Natal com a família nos dias 24 e 25 de dezembro com muita comilança, até que no dia 26 ela se dá conta que acabou o Natal e reclama com a Mônica que fica sem comer as coisas gostosas. Mônica diz que ano que vem tem mais e Magali acha que está muito longe e pergunta para a boneca Palomina por que se tem Natal só uma vez por ano.
Alguém observa atrás da moita e diz que concorda plenamente. Magali acha que a boneca quem falou e ele se apresenta que é o Jingobéu e vem de uma terra que é sempre Natal, 365 dias Natais por ano, uma festa só, muitas alegrias, presentes e comes-e-bebes e a convida para conhecer o país dele. Magali diz que não está arrumada para viajar e não avisou a mãe. Jingobéu diz que é rápido, só ajustar seu relógio dimensional e eles chegam a um bosque cheio de Árvores de Natal.
Chegam ao país Latan, que é Natal ao contrário e vão até o palácio de cristal, que tem forma de bola de Natal. Pessoal comemora que Jingobéu voltou e fazem recepção para a chegada da Magali, quando chega em seu trenó, o Rei Iapap Leon, que explica que um dia foi visitar a dimensão dela atrás de comida, sendo que chegou bem no dia de Natal e achou a ideia tão boa que resolveu imitar e foi além de decretar Natal todos os dias no país dele, proibindo que arrancassem a próxima folha de todos os calendários. Um súdito fala que seria bom que eles trabalhassem para não precisarem ir a outras dimensões e Iapap Leon joga saco na cabeça dele para não concluir a fala.
Todos vão comemorar o Natal de hoje, na hora dos presentes, o único que ganha presente é o Iapap Leon, todos têm que dar algo para o rei. Magali não aceita dar a boneca para ele, mas não a pega de volta por ser a hora da ceia. Jingobéu fala que não é pra ela entrar por aquela porta, convidados especiais entram pelo outro lado e é levada pelos cozinheiros, que a mandam sentar em uma mesa especial.
Um cozinheiro tampa onde ela estava e a leva para a ceia de Natal. Iapap Leon pergunta se os súditos estão satisfeitos com o mingau, que é tudo que sobrou do estoque deles enquanto que ele vai ser o único que vai provar o prato principal: menina magrela mal passada. Magali diz que ela é a convidada especial e ele diz que foi tolinha de acreditar que iam levá-la lá de graça.
Quando está prestes a virar ceia de Natal, tudo muito rápido, Magali pega o relógio dimensional que estava com o Jingobéu, se rola na mesa, corre até os calendários e arranca as folhas virando dia 26 de dezembro, pega a sua boneca e foge para fora do palácio. Iapap Leon manda irem atrás dela, os súditos lembram que não é mais Natal e têm que trabalhar, podem produzir seus próprios alimentos sem ter que roubar de outras dimensões.
Iapap Leon fala que o rei é ele e que o bom é Natal o ano todo. Os súditos falam que só se for para ele e que já está na hora de escolherem um novo rei e expulsam Iapap Leon do reino, se livrando dele. Já a Magali parou em várias dimensões antes de aprender a mexer no relógio dimensional, até que chega em casa e joga fora o relógio e diz para a boneca Palomina que depois dessa aventura quer dar um tempo de Natal.
Dona Lili pergunta para a filha onde estava, procurava para ajudar a terminar de preparar a ceia de Natal. Magali estranha e a mãe diz que é dia 24 de dezembro. Magali descobre que sem querer antecipou a data da chegada no relógio em dois dias, diz que queria dar um tempo no Natal, mas uma vezinha a mais ela aguenta.
História legal em que a Magali é convidada a ir a um país que se comemora Natal todos os dias do jeito que ela queria para comer sempre as iguarias natalinas. Tudo ia muito bem até que descobre que ela era a comida do rei para a ceia de Natal dele. Com o desespero, Magali consegue contornar a situação pegando o relógio dimensional e fugindo. No final, o rei é expulso do país pelo povo e a Magali volta para casa, só que dois dias antes, voltando a comemorar o Natal.
Magali mais uma vez precisou comemorar o Natal como queria antes da aventura, foi bom para ela até porque não comeu enquanto estava no país de Latan. O que interessava para ela era a comilança, aí a oportunidade de comemorar o Natal de novo fez matar a saudade das comidas. Magali escapou de ser devorada pelo rei Iapap Leon graças à sua astúcia, se soubesse da má intenção do Jingobéu desde o início, nem aceitaria apesar da comida. Pelo menos aprendeu a lição de que não se deve confiar em quem ela não conhece.
Vimos que os habitantes do planeta eram porcos humanizados canibais, o rei mandava chamar humanos para a dimensão deles para comê-los vivos. Como o Natal era todo dia lá, imagine quantas pessoas, quantas crianças foram sequestradas para serem devoradas. Magali conseguiu acabar com a festa do rei e ajudando a evitar que novas pessoas possam ser sequestradas depois e ainda na revolução do povo de Latan que expulsaram o Iapap Leon.
Em Latan, tudo era o contrário do planeta Terra, além de porcos comerem humanos, o país se chamava Natal ao contrário, o nome do rei era Papai Noel ao contrário, o palácio tinha forma de enfeite de Natal, tinha adaptações contrárias aos costumes de Natal, como na letra da música "Bate o sino" e inclusive só os convidados que tinham que dar presentes para o rei e não o compartilhamento de presentes, ou seja, cada um ganhar presente de todo mundo. Foi bem interessante.
Ficou o absurdo de como conseguiam sustentar festas todos os dias, com qual dinheiro conseguiam se não trabalhavam. As comidas foi justificado que o rei mandava roubar de outras dimensões, mas os presentes para o rei, os súditos tinham que comprar. Absurdo também de um país de outra dimensão ter mesmo calendário terrestre e só mudava de dia se alguém arrancasse as folhas. Do jeito que estava qualquer um ali poderia arrancar folha em alguma distração do rei, nem tinha vigilância no local.
O relógio dimensional jogado no lixo, a Magali podia ter quebrado, qualquer um podia encontrar, principalmente o Cascão, daria até para ter uma continuação depois com o Cascão ou outro personagem com esse relógio dimensional se quisessem. Porém, atualmente personagens irem a outras dimensões deixaram fixo só com lápis mágico da Marina, deixando tudo repetitivo.
Foi bom ver Tia Nena e Tio Pepo na ceia, além do Mingau, representando a família da Magali e foi engraçado ver essas adaptações contrárias do Natal, Magali enumerando para a Mônica vantagens do Natal, revezando com "coisas gostosas", Magali sentar em cima do prato e ser trancada pelo cozinheiro para ser refeição do rei, o quadrinho da cara do Iapap Leon querendo devorar a Magali e a cara dela sabendo que ia ser devorada, absurdo da boneca mudar de expressão em cada quadrinho.
É incorreta atualmente por essa ideia de porco canibal sequestrar crianças todos os dias por vários anos para serem devoradas na ceia de Natal, absurdo de eterno Natal, Iapap Leon dá chicotadas nas renas, Magali ser pisoteada na hora da ceia, além das palavras proibidas "gozado", "credo", "roubar" e expressões populares e de duplo sentido como "não vou perder essa boquinha", "xaropão", etc.
Os traços ficaram bons, do estilo dos anos 1990 com língua dos personagens ocupando mais espaço na boca. A capa da edição foi uma das raras da Magali na Editora Globo com alusão à história de abertura e sem relação com comida (pelo menos visualmente), a ilustração acabou sendo uma cena da história redesenhada para um estilo de capa, sendo que a colorização da roupa do Jingobéu não seguiu fiel à história, tudo indica foi para dar mais harmonia de cores na capa.
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