quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Arquivos Turma da Mônica N°63 - Chico Bento: HQ "Os monstros tentam se divertir"!

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Capa de 'Chico Bento nº 172' (Ed. Globo, 1993)
Dia 31 de outubro. Dia de Haloween. Em homenagem à data, mostro uma história de quando monstros se mudaram para as proximidades da Vila Abobrinha. Tem 17 páginas e foi publicada em Chico Bento nº 172 (Ed. Globo, 1993).

Em uma noite de Lua Cheia, um veículo misterioso chega ao Morro das Abóboras e de repente o sítio abandonado do falecido Nhô Filarmino passa ter novos moradores. Após alguns dias da chegada desses novos e misteriosos moradores, Vila Abobrinha passa a ter vários acontecimentos esquisitos que não aconteciam antes. 
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Os moradores se reúnem para comentar os casos, como uma mulher que ouviu um barulho no curral no meio da noite, foi lá na hora e não viu nada, mas no dia seguinte um cavalo amarelo com duas marquinhas no pescoço. Eles passaram, desde então, a ouvirem gemidos na madrugada e uma criança viu um homem verde vagando na beira do rio.
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Eles desconfiam do sítio do Nhô Filarmino estar assombrado, já que de repente passou a ficar com luz acesa, e pensam que é o "coisa-ruim" que está lá. Chico Bento ouve a conversa deles e acha graça porque o "coisa-ruim" não mora em casa. Eles falam para o Chico não se meter na conversa dos mais velhos e recomendam que todos se tranquem dentro de casa porque está anoitecendo e a vila está muito assustadora.
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Chico comenta, então, com o Zé da Roça sobre a vila estar deserta por causa dos tais boatos, mas o Zé da Roça vai embora também com medo dessas histórias. Chico, preocupado com as pessoas se trancarem em casa a noite e, com isso, acabar com as quermesses e as prosas no meio da noite, resolve ir à noite até o Morro das Abóboras para desvendar o mistério e a vila poder voltar ao normal.
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À noite, antes do Chico ir lá, são mostrados que os moradores do Morro são monstros que vieram para atacar os caipiras da região. Era um vampiro (chamado de Vampulfo), um Franksteim (Fróink), um lobisomem (Volfi) e uma múmia (Zé Múmia/Muminho). Eles avistam o Chico da janela indo pra lá e resolvem acabar com ele.

Nisso, Chico sobe o morro com uma chuva prestes a cair e fica cansado. Ao tocar a campainha, o Franksteim atende. Parece que o Chico se assusta com ele, mas na verdade se assustou foi com o trovão e a chuva que começara a cair. Ao entrar na casa dos monstros, chico se assusta um pouco com ele por ser verde, e, sem saber que é um monstro, fala que foi lá para dar boas vindas e pergunta ao Fróink se tem mais gente morando com ele, que aponta para os monstros.
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Chico, inocente, cumprimenta cada um e fala que é uma família simpática. Pensa que a múmia é uma senhora que se acidentou e já trata de avisar que vai ensinar uns chás milagrosos da vó Dita. E o lobisomem ele pensa que é o cachorro da família e joga um osso e o Volfi se empolga e vai atrás do osso.

Chico pergunta se tem cafezinho para ele, e o vampiro e a múmia vão fazer um com bastante veneno. Enquanto espera, Chico conta que a vizinhança está espalhando uma fofoca sobre eles, falando que são um bando de monstros, e acham engraçado. o cafezinho envenenado chega e sempre quando o Chico está para tomar, ele interrompe. Primeiro para falar que eles tem que ir tomar café e bolo de fubá no sítio e depois perguntando se eles não vão acompanhá-lo. Nessa última, eles falam que são alérgicos a café e manda tomar logo. Quando ia tomar de novo, o lobisomem uiva, Chico se assusta e derruba o café na mesa, que forma buraco nela.
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Os monstros iam preparar outro, mas Chico fala que vai embora. Com isso, quando ele estava colocando o casaco, o Vampulfo ia aproveitar para mordê-lo, só que de repente o seu crucifuxo cai do bolso; ele pega e mostra ao vampiro, que acaba virando pó. O Fróink fica irritado e tenta atacá-lo, mas o Chico se abaixa para ver o pó do Vampulfo, pensando que é formigueiro, e o Fróink acaba se entalando na janela e Chico pensa que ele foi ver se parou de chover.
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Aparece o Zé Múmia e Chico pensa que ela estava gritando de dor, e ele fala para passar na vó Dita, deixando a múmia fragilizada. E com o Volfi, ele joga outro osso, o seu ponto fraco, e vai atrás.A chuva passa, e Chico vai embora, mas antes o Froink, ainda entalado na janela, pergunta se os outros moradores da Vila são iguais a ele. Chico fala que eles não são educados como ele, e, sim, tudo desajeitados e que vai pedir para eles visitarem. Foi a gota d'água para os monstros pegarem todas as suas coisas e fugirem às pressas para a Transilvânia.
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No outro dia, Chico Bento fala para a vizinhança que subiu o morro e não viu monstro nenhum lá. Os moradores eram uma família alegre e simpática e que se ofenderam com a fofocada porque havia passado lá de manhã e tinha ido embora. Fala que história de monstro, vampiro, múmia é tudo lenda, mas quando avista uma sombra sai em disparada, gritando que saci existe, mas quando o cara se aproxima, não era saci nenhum, terminando a história.
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Uma história muito boa, mostrando um Chico inocente e lerdo. Adoro essas histórias com ele ingênuo e se passando por retardado, são muito engraçadas. Como ele não acreditava em monstros e assombrações, pensava apenas que eles era uma família simpática. Fica até a dúvida se ele fingia não saber que eles eram monstros ou se realmente era tão bobo a ponto de não saber. Eu fico com a segunda opção, até pelo final. 
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As tiradas são ótimas, desde o início com a Lua falando: "É isso aí! Tô cheia! Me poupe, tá!". Os monstros são uma caricatura mais adulta e assustadora do que a Turma do Penadinho, eles só erraram no nome da múmia, primeiro aparece como "Zé Múmia" e depois chamada de "Muminho". Embora com aparência assustadora, eles eram atrapalhados. Engraçado vê-los com medo do Chico no final. Legal também ver o Chico subindo morro, coisa que não teria nos gibis atuais. 
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Na postagem, não coloquei a história completa. Curiosamente, a capa faz alusão à história, algo raro nos gibis da época e o título da história faz referência ao filme "Os Fantasmas se divertem", um clássico do cinema. E outra curiosidade é que essa edição nº 172, foi a primeira do Chico Bento a ter código de barras na capa, já que a partir de setembro/93 todas as revistas passaram a ter, coincidindo com a mudança da moeda brasileira de "Cruzeiro" para "Cruzeiro Real". O preço das revistas vinham no código de barras. E parece que essa história nunca foi republicada até hoje, pelo menos nunca vi republicada.
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