quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Arquivos Turma da Mônica N°97 - Anjinho: HQ "Aconteceu no Natal"!

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Capa do 'Gibizinho do Anjinho nº 5' (Ed. Globo, 1991)
Mostro uma história do Anjinho que conta a sua chegada ao Céu bem nas proximidades do Natal. Escrita pelo roteirista Flavio Teixeira, é uma história muito bonita que foi publicada no 'Gibizinho do Anjinho nº 5' (Ed. Globo, 1991).

Na trama, o próprio Anjinho narra como chegou no céu. Começa com a Dona Morte chegando ao Paraíso com o Anjinho e chamando Moisés para abrir a porta do Céu. Anjinho pergunta quando volta para a Terra e Moisés avisa que o Céu é o seu novo lar. Então, Anjinho, como estava apertado pra mijar, pergunta a Moisés onde é o banheiro e acaba mijando para fora de uma nuvem, atingindo na Terra o Imperador romano César.
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Além disso, enquanto Moisés conversa com a Dona Morte, informando que Pedro o substituirá em breve, Anjinho faz outra travessura e espanta os passarinhos. Moisés avisa que ele vai precisar de um par de asas e uma auréola, e, antes disso, seria preciso registar o seu nome no "Grande Livro". Então Anjinho revela que era órfão e não tinha nome, e, com isso, ele se passa a chamar "Anjinho".
Ele, então, vai nos endereços para buscar as asas e a auréola. Ficamos sabendo que no Céu tem ruas e avenidas. A "Fundição de auréolas" fica na "Avenida Glória Aleluia", perto da "Paz Eterna" e "Perdão Divino". Ao buscar a auréola, é revelado que os anjos fundem estrelas para fabricarem auréolas.
Ao conseguir as asas e a auréola, Anjinho começa a sua fase de adaptação ao Céu, como aprender a voar. No começo foi difícil, mas depois que conseguiu a paz celestial foi interrompida com sua alta velocidade de voo. Anjinho entrou também no Coro Celestial e aprendeu a tocar harpa, além de fazer mil travessuras no Céu, como usar as tábuas da lei para passar roupa.
Tudo estava indo bem, até que chegou a época do grande acontecimento: o nascimento de Jesus Cristo. Um grande alvoroço estava acontecendo, com presença de Moisés, Isaías, Abrahão e vários profetas. Todos preparando presentes para o menino Jesus.
Então, Anjinho se pergunta que presente ele dará para o filho de Deus. Primeiro ele pensa em compor um Hino de Adoração, mas já fizeram. Depois pensa em escrever uma oração que ficasse para sempre no coração dos homens. Porém, fizeram também. A única alternativa foi dar uma simples caixinha com uma rosa que ele trouxe da Terra quando era vivo. Ele ficou com vergonha com tantos presentes grandiosos e o dele tão simples e mixuruca.
Eis que surge Deus, que fala com ele que a rosa foi o melhor presente, porque, além de simples e vindo da Terra, foi dado com amor e humildade. E Deus ainda revela nessa hora que o Anjinho morreu ao cair de um precipício e essa mesma rosa estava com ele, abençoando-o.

Eles são interrompidos por um anjo avisando que estava chegando a hora do nascimento do menino Jesus. Então, Deus usa a caixinha com a rosa para ela se transformar em luz e criar a Estrela de Belém para anunciar o nascimento de Jesus, terminando assim a história.
Sem dúvida, uma história linda, com traços excelentes e muito lembrada pelos fãs, mostrando o verdadeiro sentido do Natal de comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Independente de festas e presentes, o que deve ser lembrado é o motivo da existência do Natal: Jesus Cristo.
E ainda pudemos acompanhar toda a origem do Anjinho, com a sua chegada e sua adaptação no Céu. Uma mistura de humor e realidade que ficou bem elaborada e criativa. Muito interessante saber que o Anjinho morreu ao cair num precipício, por exemplo.

O bom é que mantém a essência do Anjinho, já que quando foi criado em 1963, ele era um anjo que foi parar na Terra por fazer várias travessuras. E em história boa não pode faltar os absurdos, como o Anjinho mijar para fora da nuvem, atingindo o imperador Cesar, o céu ter ruas e avenidas, Anjinho travesso, e por aí vai. Tudo para dar graça à história e esses absurdos e situações incorretas é que dão a magia dos quadrinhos.
No início da história, fala que ela foi baseada no conto de Charles Tazeel. Trata-se do conto infantil"The Littlest Angel" (ou "Anjinho Travesso"), coisa bem característica do Flávio de adaptar contos e filmes para as histórias. Aliás, essa foi uma das primeiras histórias do Flavio nos estúdios. Ficou ótima.
Essa história do Anjinho tem 28 páginas, ocupando, portanto, o gibizinho inteiro e não a coloquei completa na postagem. Era raro gibizinhos com história única, mas de vez em quando acontecia. O normal era a maioria dos gibizinhos ter 2 histórias. Se fosse publicada em gibi convencional, ela teria a metade de páginas. 
Quando foi republicada no 'Almanaque do Gibizinho nº 22 - 1ª série' (Ed. Globo, 1999), alteraram o início quando fala que aconteceu há 1991 anos, alterando pra 1999. Provavelmente na reedição no Almanaque do Gibizinho nº 3 - 2ª série (de 2003), alteraram novamente para 2003, para ficar igual ao ano corrente. Essa 2ª série eu não tenho para confirmar. Para saber mais detalhes sobre o título "gibizinho", pode ser conferido aqui e aqui.

Um Feliz Natal a todos!
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Um comentário:

Samara Paranhos disse...

Adorei
Nunca achei que o anjinho fosse órfão