Mostro uma história em que a Magali queria achar um cupom a todo custo para participar do sorteio das paçocas "Farelo feliz". Com 9 páginas no total, foi história de abertura de 'Magali Nº 202' (Ed, Globo, 1997).
Escrita por Emerson Abreu, começa com Magali vendo um papo do Xaveco e Jeremias que o Cascão vai ficar milionário, comprar um time de futebol e virar celebridade com entrevista no "Xô Onze e Meia". Magali não entende nada e eles explicam que o cascão ganhou um cupom pra participar do sorteio das paçocas Farelo Feliz e iria ficar milionário com o prêmio.
Magali acha isso absurdo e quer ver o cupom. Xaveco e Jeremias não deixam ela ver alegando que são guarda-costas do Cascão e ninguém vai ver o cupom. Magali diz que o Cascão nem foi sorteado ainda e os meninos falam que gente invejosa não pode ver ninguém subir na vida que já começa a criticar e resolvem ir embora, com o Cascão já planejando ter um pônei.
Magali fala são uns bobos, que nem queria o cupom, e logo depois um menino pede uma paçoca "Farelo Feliz" para um ambulante e encontra um cupom. Magali fica espantada com isso, mas não dá o braço a torcer pra comprar a paçoca, falando ao ambulante que não quer o cupom por ele ser bobo. Logo depois, aparece Mônica comentando sobre o sorteio de prêmio surpresa das Paçocas Farelo Feliz, e então Mônica, Denise e Cascuda pedem a paçoca e as 3 ganham o cupom, deixando Magali passada e sai correndo para não comprar as paçocas.
Chegando em casa, Magali pega moeda e vai ao ambulante para comprar a paçoca escondida. Aí, ele diz que acabou por todo mundo tá comprando por causa da promoção. Magali fica desesperada, querendo participar a todo custo. O ambulante dá sugestão de ir à padaria e ela vai correndo a jato. Chegando lá, ela pede uma paçoca, mas não veio o cupom, come e pede outra e nada. Come 15 paçocas e nada de cupom. Cebolinha chega e pede uma e ganha o cupom. Magali fica revoltada e compra todas as paçocas do bairro carregando em um carrinho de mão.
Depois sua mãe, Dona Lili, pergunta o que aquele carrinho de mão está fazendo na sala e encontra a filha debaixo de vários papéis de paçocas. Magali diz que já está com barriga doendo e enjoada de comer tanta paçoca e não encontra o cupom do sorteio. Dona Lili diz que tem um cupom no bolso por ter pego uma paçoca de troco quando foi à padaria de manhã cedo e então Magali desmaia.
No final, Mônica e Cebolinha vão até em frente a casa da Magali, perguntam se lembra da promoção das paçoca "Farelo Feliz" e ela conta que sim e que ainda estava se recuperando de uma dor de barriga e não aguenta ver paçoca na sua frente, e então eles contam que tem 2 notícias, uma boa e uma ruim. A boa é que ela foi a vencedora da promoção e a ruim que o prêmio era um caminhão lotado de paçocas farelo Feliz, deixando , assim Magali desesperada.
Uma história legal, mostrando uma promoção contagiando o bairro do Limoeiro todo com um prêmio surpresa. Interessante ver a teimosia da Magali resistindo a participar de promoção por todo mundo estar participando, dando uma de Do Contra, e quando resolve, todos encontram o cupom, menos ela, deixando irritada com isso. Foi inspirada no filme "A fantástica Fábrica de Chocolates", de 1971. Legal a paródia "Xô Onze e meia" se referindo ao programa "Jô Soares Onze e meia".
Essa foi uma das primeiras histórias do roteirista Emerson Abreu escrita para Magali, era um estilo diferente do que adotou um tempo depois, hoje dá até pra estranhar tipo uma história dele com poucas tiradas e tão curta assim, mas também o gibi era quinzenal de 36 páginas e não dava para prolongar muito. Dá pra notar diferença nos traços e sem caretas, o que torna muito legal. Nessa, foi só a Magali de língua de fora já no final quando descobriu que foi a vencedora da promoção.
Nas histórias dele de 1997 e 1998, eram no máximo, o personagem com cara de espanto esticando as mãos ou de língua de fora bem discreta quando o outro contava uma piada, o que chegou a ter questionamentos do povo no início da internet de porque os personagens ficavam com tanta língua de fora, mas nada que prejudicasse as histórias nesses momentos. Tudo era bem de leve e aos poucos foram inserindo as caretas nas histórias ao longo dos anos.
Independente de personagens com caras de espanto e línguas de fora, os traços era bacanas, os últimos bons da MSP, e eram colocados mais em histórias de aberturas e não só em histórias do Emerson. Também foi a primeira que apareceu em suas histórias que o Cascão queria ter um pônei, depois acrescentando ao longo dos anos que tinha que ser um pônei cor-de-marmelo, o que conseguiu somente em 'Cascão Nº 35' (Ed. Panini, 2009). Essa história ainda foi lembrada, tendo referência em 'Magali Nº 500' (Ed. Panini, 2015), sendo então marcante pra MSP.
Créditos;) Marcos Alves > http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2017/10/magali-hq-grande-promocao.html
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