(Postagem - 21/02/2019)Estando em São Paulo para a CCXP (eu, Cesar Leal) tive a oportunidade de ir à exposição de Quadrinhos do MIS (Museu da Imagem e do Som). E, desde já, digo que foi um passeio excepcional. Até mesmo mais prazeroso que a própria Comic Con paulista! Calma… eu explico:
O Mega Evento da CCXP é algo que tem surpreendido, crescendo em tamanho e perfil, estamos perto do “épico” que se tornou o bordão da convenção. Mas com toda sua dimensão (e muito por causa disso) e atrações para todos os gostos e facetas do rentável mundo nerd, uma coisa é certa… Depois de 5 edições já temos uma ideia do que nos espera. As lojas, as estátuas e peças, os estandes dos estúdios de cinema, os cosplayers, o Artist Alley. Tudo cheio de novidades a cada edição, mas já sabemos o perfil do que vamos encontrar. Só que a exposição do MIS foi uma grata surpresa, não só pelo profissionalismo e qualidade das instalações como pelo fato de ser algo quase exclusivo sobre… Quadrinhos.
O Mega Evento da CCXP é algo que tem surpreendido, crescendo em tamanho e perfil, estamos perto do “épico” que se tornou o bordão da convenção. Mas com toda sua dimensão (e muito por causa disso) e atrações para todos os gostos e facetas do rentável mundo nerd, uma coisa é certa… Depois de 5 edições já temos uma ideia do que nos espera. As lojas, as estátuas e peças, os estandes dos estúdios de cinema, os cosplayers, o Artist Alley. Tudo cheio de novidades a cada edição, mas já sabemos o perfil do que vamos encontrar. Só que a exposição do MIS foi uma grata surpresa, não só pelo profissionalismo e qualidade das instalações como pelo fato de ser algo quase exclusivo sobre… Quadrinhos.
E sendo esse o meu maior vício no cantinho nerd, acabou por ser aquele tipo de passeio em que não havia nada que eu estivesse disposto a “deixar passar” sem prestar atenção. Não havia escolhas de que painel seria melhor ou quanto tempo passaria em determinado local antes de enfrentar uma fila em uma outra loja ou atração… (Confira abaixo):
Realmente, fui na exposição sem qualquer expectativa (e isso sempre conta a favor de uma surpresa positiva). Tinha ido na quinta na CCXP em busca de autógrafos e voltaria no sábado com meu filho para curtir o evento direcionando as atrações para o gosto dele, mas na sexta feira estávamos com a “agenda livre” e fui ver com ele essa exposição, imaginando que seria um passeio de meia hora para fazer antes do almoço. Ao se aproximar do MIS já somos recebidos por uma gigantesca faixa que toma a lateral do museu, com vários personagens de estilos e épocas distintas, já seria legal ficar identificando cada um deles e vendo sua interação no painel: Os sobrinhos do capitão, Hulk, Mafalda, Lobo Solitário, Mickey… uma salada mista de estilos com velhos conhecidos e alguns não tão conhecidos assim. A entrada para o MIS foi por um preço camarada, nada que desanimasse o visitante e já fui entrando com um folder com o símbolo da exposição e um mapa dos ambientes nas mãos, na animação nem investiguei direito ele, mas voltaremos a isso mais tarde. No hall de entrada (e saída na verdade) vários personagens “pré-históricos” fixados nas paredes para dar a ambientação do “início dos tempos”… Mightor, Flintstones, Brucutu, Piteco… Levando para as escadas onde já nos deparamos com um apanhado de fotos, vídeos e desenhos pelas paredes das origens das HQS (ou proto quadrinhos como costumo nomear). As pinturas das cavernas, os hieroglifos, a coluna de Trajano, a tapeçaria de Bayeux: Tudo com textos explicativos e exemplos. Continuando com o passeio, entramos na era moderna com as HQs nas tiras de jornal, em uma instalação enorme com várias placas para ler algumas tirinhas de velhos amigos: Garfield, Mafalda, Calvin, Pafúncio, Flash Gordon…
Haviam também cata-ventos cujas hélices eram tiras de quadrinhos que poderiam ser lidas e com algumas tiras originais em exposição nos displays com as marcações nas laterias feitas pelos autores das mudanças ou elementos a serem destacados. Subindo mais um pouco as escadas estavam os primórdios das HQs (o período compreendido entre as origens e as tiras) com revistas com caricaturas e painéis com material de Topper e Wilhelm Bush (Max und Moritz ou Juca e Chico como foram batizados na tradução de Olavo Bilac) e logo à direita desses painéis, chegamos ao material europeu. Vários originais permeavam a instalação junto com figuras em tamanho real de personagens conhecidos e amados pelos leitores. Essas figuras tinham em sua parte de trás textos explicativos com detalhes dos criadores, circunstâncias de criação e histórico… Um deleite se perder entre as imagens de Diabolik, Marsupilami, Tintim, Spirou, Valerian, Smurfs, Tex, Asterix, Mortadelo e Salaminho, Miracleman (ora, apesar de nascer como cópia de um personagem americano ele é inglês e, sendo assim, um personagem europeu por excelência)… No meio desses personagens, uma abertura leva à uma sala paralela. Na entrada uma “cortina de mangás” já transportava ao mundo dos quadrinhos japoneses, dentro de alvos “triângulos” vários personagens com seus criadores e informações, uma instalação homenageando o grande Ozamu Tekuza e uma moto em tamanho real, igual a usada por Kaneda no clássico Akira, faziam o deleite dos Otakus e fãs mais exigentes.
E pela primeira vez, reparei bonecos de plástico com detalhados relevos presos em mesas, para minha surpresa, notei que se tratava da exposição para deficientes visuais… Sim, quem não tinha capacidade de enxergar os personagens podia senti-los… e quando ouvisse uma história ou desenhos animados ou mesmo filmes com queles personagens saberiam como eles se parecem. Sou obrigado a confessar que achei isso simples e incrível ao mesmo tempo. Voltando ao salão “europeu”, mais personagens clássicos e outros bem recentes levam o visitante a uma outra sala paralela… mas não é uma sala… é um... banheiro (?) Falando a verdade, tem um local melhor para a exposição de quadrinhos eróticos do que um banheiro? Proibido para menores, o toalete tinha nas paredes versinhos, quadros, pequenas “Tihuana Bibles” e instalações interativas com material de mestres como Manara, Crepax e, por que não dizer, Zéfiro. Daí, se passa para a instalação do Maurício de Sousa e além das informações, vídeos e material de seus personagens teve algo que me chamou a atenção, o passo a passo de uma página de quadrinhos, de seu roteiro original passando por desenhos, arte final, cor e finalmente a página impressa em uma revista. Como entramos na área de quadrinhos nacionais, nada mais lógico que descer as escadas em companhia de quadros de Ângelo Agostini e a origem dos quadrinhos no Brasil. É a hora de ver as primeiras revistas publicadas por aqui, o Suplemento Juvenil, o Gibi, o Gury, e uma passadinha na exposição que emula o gabinete de trabalho do Ziraldo… Olha, nem vou dar spoiler dessa instalação, mas posso dizer que a impressão que estaria na sala com o mestre é imensa!
Depois, adentramos em um ambiente que só posso dizer que nos deixa sem fôlego, uma sala que mais parece um teatro com enormes paredes, mas tais paredes serviam de tela para que se fossem projetadas janelas como se tratasse de uma gigantesca biblioteca de vários andares com pessoas virtuais aparecendo em tais janelas e corredores, quem já teve a oportunidade de conhecer o gabinete português de leitura no Rio de Janeiro (usado nas filmagens do Xangô de Baker Street por sinal), vai ter a ideia da impressão que a falsa sala proporciona. No centro instalações da trinca de quadrinistas brasileiros dos anos 80 (Glauco, Angeli e Laerte) e todos os troféus das edições do prêmio HQ Mix eram os destaques. Estava na hora de ir à instalação dos Comics, uma enorme gama de personagens americanos com sua criação e contexto: Mandrake, Riquinho, Hellboy, Walking Dead, Thundercats, Hagar, Archie… Tinha de tudo um pouco. Quadrinhos que tiveram personagens originais, que vieram de cartoons, de filmes, de brinquedos, de tiras de jornal, com raízes underground, autobiográficas, fatos históricos. De TUDO um pouco MESMO, além de uma instalação sobre os personagens Disney e uma incrível recriação da escrivaninha de Will Eisner. Mas se estamos falando de quadrinhos mainstream americanos tem duas editoras que não poderiam faltar… as duas grandes de super heróis, cada uma em sua instalação própria… a Marvel e a DC!
Na Marvel, um tom vermelho nos dava as boas vindas à uma cidade de New York onde atrás dos prédios se via uma série de eventos e ameaças combatidas pelos heróis, assim enquanto se admirava as peças em exposição vinha do teto os sons e imagens de um ataque de Galactus ou uma revoada de robôs sentinelas perseguindo mutantes… Além de um bandido… um meliante em tamanho real preso em uma teia que pendia do teto e continha um bilhete… Cortesia do amigo da vizinhança… Homem-Aranha. Na DC, tínhamos os tons azuis, que nos recebiam com estátuas da trindade DC, além de uma cadeira… sim, uma cadeira… na frente de umas duas dezenas de telas com dados e informações que se alternavam sobre os maiores herói e vilões da DC… Pois é… Eu estava na sala de monitores da Batcaverna, com direito a um telefone vermelho (entendedores entenderão) e um display de vidro com um traje do Robin… Além de uma estátua em tamanho real do Aquaman com o visual do filme. OK, faria mais sentido ser um Batman, mas o filme do cara estava para estrear então estava valendo.
Para minha decepção, voltei à sala dos comics e vi que só o que me aguardava era a saída… Um grande símbolo da exposição mostrava que tinha acabado o passeio e o que pensei que seria uns 30 minutos acabou sendo mais de 2 horas de diversão. De volta ao Hall de entrada… e não é que ninguém sabia informar quanto seria o aluguel para eu me mudar para dentro da exposição? Bem a exposição vai ficar até 31 de março e falo com sinceridade, quem tiver uma oportunidade de ir… FAÇA… Não sei se ela irá para outros Estados, mas caso aconteça aconselho muito. Caso queiram ver gravações da exposição (momento merchant), no meu canal, "Quadriláteros", fizemos um programa sobre esse passeio neste: "LINK"! Sim, uma última coisinha… Lembra do folder que falei não ter investigado direito? Pois é, ele se desdobra em um belo poster com a imagem do desenho gigantesco da entrada… muito legal! Até+
Depois, adentramos em um ambiente que só posso dizer que nos deixa sem fôlego, uma sala que mais parece um teatro com enormes paredes, mas tais paredes serviam de tela para que se fossem projetadas janelas como se tratasse de uma gigantesca biblioteca de vários andares com pessoas virtuais aparecendo em tais janelas e corredores, quem já teve a oportunidade de conhecer o gabinete português de leitura no Rio de Janeiro (usado nas filmagens do Xangô de Baker Street por sinal), vai ter a ideia da impressão que a falsa sala proporciona. No centro instalações da trinca de quadrinistas brasileiros dos anos 80 (Glauco, Angeli e Laerte) e todos os troféus das edições do prêmio HQ Mix eram os destaques. Estava na hora de ir à instalação dos Comics, uma enorme gama de personagens americanos com sua criação e contexto: Mandrake, Riquinho, Hellboy, Walking Dead, Thundercats, Hagar, Archie… Tinha de tudo um pouco. Quadrinhos que tiveram personagens originais, que vieram de cartoons, de filmes, de brinquedos, de tiras de jornal, com raízes underground, autobiográficas, fatos históricos. De TUDO um pouco MESMO, além de uma instalação sobre os personagens Disney e uma incrível recriação da escrivaninha de Will Eisner. Mas se estamos falando de quadrinhos mainstream americanos tem duas editoras que não poderiam faltar… as duas grandes de super heróis, cada uma em sua instalação própria… a Marvel e a DC!
Na Marvel, um tom vermelho nos dava as boas vindas à uma cidade de New York onde atrás dos prédios se via uma série de eventos e ameaças combatidas pelos heróis, assim enquanto se admirava as peças em exposição vinha do teto os sons e imagens de um ataque de Galactus ou uma revoada de robôs sentinelas perseguindo mutantes… Além de um bandido… um meliante em tamanho real preso em uma teia que pendia do teto e continha um bilhete… Cortesia do amigo da vizinhança… Homem-Aranha. Na DC, tínhamos os tons azuis, que nos recebiam com estátuas da trindade DC, além de uma cadeira… sim, uma cadeira… na frente de umas duas dezenas de telas com dados e informações que se alternavam sobre os maiores herói e vilões da DC… Pois é… Eu estava na sala de monitores da Batcaverna, com direito a um telefone vermelho (entendedores entenderão) e um display de vidro com um traje do Robin… Além de uma estátua em tamanho real do Aquaman com o visual do filme. OK, faria mais sentido ser um Batman, mas o filme do cara estava para estrear então estava valendo.
Para minha decepção, voltei à sala dos comics e vi que só o que me aguardava era a saída… Um grande símbolo da exposição mostrava que tinha acabado o passeio e o que pensei que seria uns 30 minutos acabou sendo mais de 2 horas de diversão. De volta ao Hall de entrada… e não é que ninguém sabia informar quanto seria o aluguel para eu me mudar para dentro da exposição? Bem a exposição vai ficar até 31 de março e falo com sinceridade, quem tiver uma oportunidade de ir… FAÇA… Não sei se ela irá para outros Estados, mas caso aconteça aconselho muito. Caso queiram ver gravações da exposição (momento merchant), no meu canal, "Quadriláteros", fizemos um programa sobre esse passeio neste: "LINK"! Sim, uma última coisinha… Lembra do folder que falei não ter investigado direito? Pois é, ele se desdobra em um belo poster com a imagem do desenho gigantesco da entrada… muito legal! Até+
PS: O "Submundo" agradece (com uma pontinha de inveja, kkk) à mais esta colaboração especial de Cesar Leal (do excelente e sempre informativo canal "Quadriláteros" - do Youtube)... E seu fascinante passeio pelo mundo encantado dos quadrinhos, rs! Valeu mesmo, Cesar!
Créditos:) Leo Radd - http://submundo-hq.blogspot.com/2019/02/cesar-leal-do-quadrilateros-relatorio.html
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