Em fevereiro de 1989, há exatos 30 anos, era lançada a história "O ídolo faminto" do Piteco, em que ele se passou por um deus de pedra para poder comer à custa dos outros. Com 5 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 26' (Ed. Globo, 1989).
Nela, Piteco está em mais uma de suas caçadas e estava correndo atrás de um dinossauro, quando entra em buraco e Piteco entra para pegá-lo lá. O dinossauro se esconde em uma plataforma mais alta no túnel e Piteco não consegue encontrar mais.
Piteco encarnando o deus, fala que está com fome e quer que eles tragam comida para ele, tudo do melhor como carnes, raízes, frutas e doces. O povo vai às pressas buscar e levam uma cesta cheia de comida. Piteco come tudo e pede mais comida para o povo, muito mais. Eles vão buscar várias vezes, muitas viagens para poder agradar o "deus Calunga" e voltam exaustos. Depois de comer, Piteco fica satisfeito e avisa que amanhã vai querer mais.
Assim, Piteco volt apelo túnel para sair de onde havia entrado, mas a entrada estava tapada por um dinossauro gigante que havia dormido bem em cima da entrada. Com isso, o jeito seria ele sair pela imagem. O povo ainda estava na frente da imagem fazendo suas preces para o deus calunga e Piteco sai correndo. Eles veem que foram enganado e corre atrás do Piteco para pegá-lo e bater nele. No final, a imagem do deus calunga cria vida e reclama que ainda estava com fome, confirmando, apesar de tudo que era um deus de pedra mesmo.
História bem legal, dessa vez com o Piteco como um vilão, se aproveitando da crença e da boa vontade dos outros para fazer um plano infalível e comer à custa do povo. Até poderia ter a desculpa de estar com fome, mas ele aproveitou da situação para pedir mais comida que o necessário para suprir sua fome. Hoje em dia, a MSP não faz histórias com os personagens como vilões, agindo como egoístas e interesse próprio e, assim, essa história não seria publicada atualmente.
Outro motivo para não publicarem, seria também esse roteiro de crença através de imagem, dando ideia de religião. Era muito comum nas história do Piteco imagens como deuses e hoje não tem mais isso, eles não criam mais histórias com religião. E mais uma vez a palavra "Droga!" falada nos gibis, muito comum na época, mas hoje proibida.
Os traços muito bons, caprichados demais com o estilo clássico, e interessante que quando o Piteco teve uma ideia, ele pensou com uma lenha com fogueira. Nos quadrinhos, o normal é quando os personagens terem uma ideia, eles terem um pensamento de uma lâmpada, só que na MSP antigamente, eles tinham a criatividade de representar essa "luz de ideia" com as características dos personagens. Assim, como na Pré-História do Piteco não tinha lâmpada, colocavam uma fogueira no lugar. Outros personagens faziam essa criatividade, como o Chico Bento ter uma ideia representada por uma lamparina, o Penadinho, por uma vela, etc, o que fazia toda diferença e tornava mais engraçado. Muito bom relembrar essa história que comemora exatos 30 anos.
Créditos ;) Marcos Alves : http://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2019/02/piteco-hq-o-idolo-faminto.html
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