Compartilho uma história em que o Chico Bento ficou desesperado na possibilidade de um diabinho aparecer toda vez que falava a palavra "Diacho!". Com 7 páginas, foi história de abertura de "Coleção Coca-Cola - Chico Bento" (Ed. Globo, 1990).
Chico reclama na rua que está carregando uma sacola pesada de compras e fala "Diacho!". Hiro ouve ele falando e diz que "Diacho!" é um dos nomes do Coisa-Ruim (Diabo) e que está sendo chamado toda vez que fala aquela palavra. Chico diz que é só um modo de dizer e Hiro explica que para cada menino existe um diabinho, bem longe, e cada vez que se fala o nome dele, o diabinho dá um passo na sua direção para pegá-lo e se chama muito, uma hora ele chega.
Chico reclama na rua que está carregando uma sacola pesada de compras e fala "Diacho!". Hiro ouve ele falando e diz que "Diacho!" é um dos nomes do Coisa-Ruim (Diabo) e que está sendo chamado toda vez que fala aquela palavra. Chico diz que é só um modo de dizer e Hiro explica que para cada menino existe um diabinho, bem longe, e cada vez que se fala o nome dele, o diabinho dá um passo na sua direção para pegá-lo e se chama muito, uma hora ele chega.
Chico fica assustado, pois ele fala muito aquela palavra e começa a contar quantas vezes falou o nome dele. Zé Lelé chega e pergunta se Chico está contando carneirinhos e. quando tenta explicar, Chico se enrola e acaba falando "Diacho!" de novo.
Zé Lelé pergunta o que tem a ver e Chico explica a situação, mas não fala diabinho e quando Zé Lelé pergunta quem vai chegar, Chico fala "Diacho!" de novo. Chico reclama que o Zé Lelé o fez falar novamente e se pegunta quantos passos faltam par ao diabinho chegar. Zé Lelé fala que se tiver uma perna bem cumprida, falta pouco. Chico fica desesperado e corre ligeiro com as compras para casa.
Chico se esconde atrás da mesa e Dona Cotinha pergunta como ele conseguiu trazer as compras pesadas tão ligeiro. Chico diz que é porque ele está atrás dele e quer pegá-lo, mas não diz quem é. Batem na porta e Chico se desespera falando para a mãe não deixar pegá-lo. Dona Cotinha abre a porta, enquanto Chico se esconde debaixo da mesa e quando vai dizer quem foi que chegou, Chico diz que era o Coisa-Ruim. Mas era o Zé da Roça, que fica brabo pelo Chico o ter chamado assim.
Eles saem, com Chico inseguro de brincar na rua e ele explica a situação. Zé da Roça acha engraçado e acha que é besteira. Chico diz que é porque não é com ele, quando aparece uma sombra parecendo um diabinho. Chico pega um pedaço de pau e diz que não vai pegá-lo sem luta e taca o pau na cabeça de quem vem vindo. Quando ele vê era apenas a Rosinha, que estava com um penteado novo e ela dá um soco na cabeça dele chamando de grosseirão e vai embora chorando e terminando o namoro.
Logo em seguida, aparece uns chifres atrás da moita. Chico pega pensando que era o diabinho, mas era um touro, que dá uma chifrada tão grande que faz ele voar longe. Zé da Roça vai atrás e pergunta se está convencido que é tudo besteira. O pai do Chico, Seu Bento, chega na hora perguntando o que houve. Chico explica tudo e Seu Bento fala que falaram só para impressionar. Chico fala "Diacho!" de novo e Seu Bento diz que também não é para ficar falando essa palavra toda hora. Assim, Chico diz que nunca vai mais falar, que é feio e vai pensar duas vezes antes de falar, mas no diálogo já fala "Diacho!" 3 vezes.
No final, todos vão embora, a vila fica vazia e surge o Diabinho do Chico, com mala e trouxa, e reclama que vem de tão longe, o chamam tanto e quando chega não tem ninguém para receber, e, com isso, era verdade mesmo a história do Hiro.
Essa história é muito legal, com o Chico evitando não falar "Diacho!" para que um diabinho não pegá-lo. Engraçado ver todo o seu desespero por causa disso, chegando a correr acelerado mesmo com compra pesada e se esconder debaixo da mesa. Mostra de uma forma bem humorada que não se deve falar palavrões, mesmo que seja inventando um conto.
Atualmente, essa história não seria publicada, pois além de falar de diabos, que evitam ao máximo hoje, também tem palavra "Diacho!" proibida atualmente, assim como "Droga!" e tantas outras do tipo que eram faladas tranquilamente e a toda hora nos gibis antigos e hoje não mais por causa do politicamente correto, fora violências como Chico dando paulada na Rosinha, Chico levando soco dela explicitamente, além de Chico levando chifrada de touro.
Os traços muito bons, desenhos consagrados dos personagens, interessante que a Rosinha ficou bem diferente com o penteado novo, nem dava para reconhecê-la. Foi uma história inédita que deveria sair em um gibi convencional do Chico ,mas foi reprogramada para sair nessa "Coleção Coca-Cola" e também nunca foi republicada, assim como quase todas as inéditas dos gibis dessa promoção "Coleção Coca-Cola".
Dessa vez sem código da revista de 1990 que seria publicada se não tivesse a coleção. É que normalmente as histórias inéditas tinham o código do gibi que seria publicada antes de ser reprogramada para sair na "Coleção-Coca-Cola". Como nos créditos da última página com a tirinha, diz que é uma edição Chico Bento Nº 97a", então inicialmente teria saído naquele gibi. Não teve também uma imagem do logotipo da "Coca-Cola" ou de outros refrigerantes inserida na história, que eram os únicos anúncios nos gibis dessa coleção, mas nas outras histórias desse gibi que eram republicações inseriram os logotipos.
Muito bom relembrar essa história marcante. Para saber mais detalhes sobre a "Turma da Mônica Coleção Coca-Cola" como um todo, entre aqui:
Créditos ;) Marcos Alves: http://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2019/03/chico-bento-hq-ele-vem-vindo.html
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