Nas bancas a revista 'Turma da Mônica Nº 58' da Editora Panini com um crossover entre a Turma do Penadinho e a Bruxa Viviane. Nessa postagem mostro uma resenha desse gibi.
Lançada em fevereiro de 2020, custando R$ 6,00, com formato canoa e 68 páginas e com 12 histórias no total, incluindo a tirinha final. Bom que os gibis não tiveram reajustes de preço esse ano. A Distribuição chegou um pouco mais cedo, chegando aqui no dia 13 de fevereiro. Normalmente esse título chega depois do dia 20 de cada mês aqui.
Na trama, com o título "O Encanto da Lua Cheia", escrita por Lederly Mendonça e com 24 páginas no total, Bruxa Viviane pretende fazer um feitiço durante a noite de Lua Cheia para se tornar poderosa, mas para isso precisaria de pegar baba, lágrimas e pelos e um lobisomem para colocar no feitiço. Seu gato Bóris vai atrás do Lobi no cemitério do Penadinho para levá-lo até o castelo da Bruxa (na verdade uma casa grande próximo ao Bairro do Limoeiro) e quando consegue Penadinho e seus amigos vão lá para salvá-lo, mas ao verem que a casa é bem grande e tenebrosa resolvem levar todo o pessoal do cemitério para fazer um lual lá, e com a invasão deles, dificultou o plano da bruxa Viviane de pegar com o Lobi os ingredientes para a sua poção.
Apareceu toda a Turma do Penadinho, inclusive Zé Caveirinha e Pixuquinha que raramente aparecem nos gibis atuais. Os traços ficaram aceitáveis par aos padrões digitais atuais. A capa eu gostei, ficou bem interessante, mesmo fazendo alusão à história de abertura, teve uma piadinha com os personagens da Turma do Penadinho fazendo sopa com a poção mágica que a Bruxa Viviane estava preparando. Era bom quando as capas com alusão à história faziam piadinha em cima da história, mais comum nas capas da Editora Abril e Globo e dessa vez retornaram isso. No frontispício da página 3, retratou um livro de receitas de um passo a passo de como pegar os poderes da Lua Cheia com a baba, lágrimas e pelos de um lobisomem.
Foi a primeira vez que teve história de abertura sem ser dos personagens da Turma da Mônica nesse título desde que deixou de ser Revista do Parque da Mônica. Embora tenha o crossover com a Bruxa Viviane, que pertence à Turma da Mônica, mas nada de aparecer Mônica, Cebolinha, Cascão ou Magali. Dessa vez eles não apareceram, apenas uma citação rápida no início da Bruxa Viviane falando que Magali e sua turma sempre estragam seus planos. Isso achei bom e foi o que me motivou a comprar essa edição.
Sempre achei que nessa revista tinha que ter histórias de abertura com secundários como Penadinho, Tina, Piteco, Astronauta, entre outros, e não ficar só focado com Mônica e companhia. A edição mais perto sem foco neles foi a 'Turma da Mônica Nº 40' com a "Liga dos Pets", que foi mais estrelada pelos bichos da turma, mas ainda assim teve presença rápida da Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali e fora que Bidu, Floquinho, Chovinista, Mingau e Capitão Feio pertencem á Turma da Mônica.
Curiosamente, durante a história teve um descuido e em nenhum momento colocaram o nome Bruxa Viviane, ficou com uma personagem sem nome. Penadinho e sua turma não a conheciam e até natural só a chamarem de bruxa, mas podiam ter colocado o gato Bóris a chamando de Viviane em algum momento, tipo quando ele a chama de "bela dama" na página 6, podia ter sido Viviane, ou ela mesmo podia dizer na primeira página algo do tipo "Eu, Bruxa Viviane, encontrei um encanto". Quem está começando a colecionar agora ou está muito tempo sem acompanhar os gibis pensa até que é uma personagem nova ou que colocaram especialmente só para essa história.
Para quem não sabe, a Bruxa Viviane estreou em 1998 no gibi da 'Magali Nº 239' da Editora Globo. Criada pelo roteirista Emerson Abreu, ela desejava ser a bruxa mais poderosa do planeta, mas Magali e seus amigos sempre acabavam com seus planos. Pelo visto criou uma bruxa jovem e esbelta para diferenciar do padrão de bruxa ser sempre velha, gorda e feia. parece que foi inspirada em alguma amiga dele na vida real. No início só o Emerson que escrevia histórias com ela, era bem mais perversa e aparecia de vez em quando, em períodos longos de uma história para outra.
A personagem voltou depois na Editora Panini, também aparecendo de vez em quando, aí com histórias feitas por outros roteiristas e deixando menos perversa como era no início. Ela ainda teve uma edição só dela em 'Turma da Mônica Extra Nº 2' (Ed. Panini, 2008) republicando as 3 primeiras histórias dela feitas pelo Emerson (Magali Nº 239, 264 e 336).
A personagem voltou depois na Editora Panini, também aparecendo de vez em quando, aí com histórias feitas por outros roteiristas e deixando menos perversa como era no início. Ela ainda teve uma edição só dela em 'Turma da Mônica Extra Nº 2' (Ed. Panini, 2008) republicando as 3 primeiras histórias dela feitas pelo Emerson (Magali Nº 239, 264 e 336).
Já o resto do gibi seguiu o normal para os padrões atuais que vem acontecendo, bem infantis, voltados para crianças de até 8 anos de idade e com lições de morais, traços e letras horrorosos de PC. Teve mais foco com os personagens da Turma da Mônica. Esse título costuma ter um mix bem variados com histórias de secundários, mas como a de abertura foi com a Turma do Penadinho, aí parece que preferiram deixar mais a Turma da Mônica no miolo para compensar. Foram histórias curtas entre 1 a 4 páginas e a de encerramento um pouco maior com 8 páginas.
Em "Só de saber...", com 3 páginas, em que Mônica volta de férias, mas ninguém dá atenção para ela por terem outras coisas para fazer, mas mesmo assim ela fica feliz. porque pelo menos eles sentiram falta dela na sua ausência. Bem educativa, valeu pela presença da Mônica contracenando com roteirista Mario Mattoso, ela nos quadrinhos e ele na MSP, coisa rara atualmente e que era bastante comum antigamente.
Em "Futebol contagiante", de 2 páginas, de Edde Wagner, lembra um poucos as histórias antigas do Penadinho em que boa parte protagonizada por humanos secundários mostrando a vida dela e depois o que acontece quando morre. No caso, essa história mostrou a vida do humano Reinaldinho que adorava futebol enquanto vivo e quando morre procura saber se tem futebol na vida após a morte.
Em "O Acordar Real", com 4 páginas, Tarugo volta a trabalhar como carteiro e vai entregar correspondência com o Rei Leonino enquanto estava dormindo e fica nervoso ao ver o Tarugo lá e descobrir o seu segredo quando acorda. Apesar de mostrar lição de de moral, até que foi boa essa.
Teve 2 histórias bobas com a Marina, uma "O lápis da Marina", de 3 páginas, com a turma encontrando o seu lápis mágico na rua, com direito até da Mônica perdoar Cebolinha ao invés de bater nele, e a outra "Tatuagem fixa", de 3 páginas, com Cascão querendo fazer tatuagem feita pela Marina ao verem os seus amigos todos com tatuagem dela, pelo menos envolveu característica do cascão de não se molhar. Acho Marina tão sem graça e dessa vez não foi diferentes.
Tem também "Igualzinha ao irmão", de 3 páginas, em que o Cebolinha deixa o cabelo da Maria Cebolinha arrepiado para ficar igual a ele. Teve ainda histórias de 1 página com Franjinha, Milena e Tina. E uma observação que tem uma história de 1 página da Magali com a sua mãe sobre descarte de embalagens, que é apenas uma propaganda institucional, não pertencente à contagem de histórias do gibi, sempre tem essas histórias institucionais nos gibis, capaz de ter essa mesma em outros gibis do mês.
Termina com "Se meu brinquedo falasse", com 8 páginas, com referência ao filme "Toy Story 4", em que a Mônica pensa que o Sansão cria vida quando não tem ninguém olhando e faz o teste fingindo que ele está sozinho para ver se ele se mexe. A tirinha final foi com o Dudu.
Então, pode ver que 'Turma da Mônica Nº 58' no geral foi um gibi normal, mesmo estilo que vem sendo atualmente, bem infantil mesmo. O diferencial foi a história de abertura com a Turma do Penadinho e achei legal esse tema de feitiço e boa sacada o crossover entre eles e a Bruxa Viviane. Pode considerar que foi a história mais longa deles até hoje porque as mais compridas que costumam ter são com 15 páginas no miolo, no máximo. Sendo de abertura permitiu ser maior. Tem também à venda as suas versões em inglês e espanhol "Monica and Friends" e "Mónica y sus amigos", respectivamente
Os outros gibis do mês não comprei, não vi nada de especial neles e aí não tem resenha. O mais diferente foi do Chico Bento com a menina Tábata, amiga da Rosinha, mesmo assim não motivou a comprar. Tábata é uma nova personagem negra que vai contracenar fixa com a Turma do Chico Bento, a exemplo que fizeram com a Milena na Turma da Mônica. Ela estreou em história de abertura de 'Chico Bento Nº 57' de janeiro de 2020 e agora primeira vez aparecendo em capa de gibi, aparecendo no lugar que seria do Zé da Roça ou Hiro. Fica a dica.
Créditos ;) Marcos Alves: http://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2020/02/turma-da-monica-n-58-editora-panini-2020.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário