Compartilho uma história com Cebolinha sofrendo com o Louco para fazer m buraco na rua. Com 5 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 74' (Ed. Abril, 1979).
Nela, Cebolinha está andando com se carrinho de brinquedo e o Louco vê escondido atrás de uma árvore e monta no carrinho mandando o Cebolinha seguir um carro. Cebolinha fala que ele está quebrando o carrinho que está sentando em cima. Louco olha para cima pensando que o carrinho está no céu e Cebolinha fala que está embaixo dele e aí Louco mandar decidir se está em cima ou embaixo.
Cebolinha manda deixar para lá e Loco pergunta lá onde. Cebolinha diz em lugar nenhum e Louco comenta que é muito complicado e devia se consultar com psiquiatra. Cebolinha diz que não, foi ele quem não compreendeu. Louco pergunta se compreende o que ele não compreende e Cebolinha responde que é simples, deixando Louco feliz, abraça o Cebolinha falando que compreende tudo e não pensava que era tão simples e agora pode sair e compreender tudo que passa por aí.
Cebolinha avisa que vai junto para.ajudar o Louco em alguma coisa. Então, Louco manda o Cebolinha cavar um buraco, já que queria ajudá-lo e assim Cebolinha cava buraco com as mãos um tempão e depois Cebolinha pergunta o que ele vai fazer com um braco no meio do caminho. Louco manda buscar tinta e madeira depressa. Depois, Louco cria uma placa de cuidado com o buraco e Cebolinha pergunta que seria mais fácil não ter feito o buraco, e, assim, Louco manda Cebolinha tapar buraco e ele reclama por que não aprende a ficar quieto.
Louco avisa que a placa não tem mais função e precisa arrumar outro buraco para ela. Ele encontra um lugar vazio e diz que ali tem um buraco enorme e põe a placa lá. Louco fala que precisa ir e manda tomar cuidado com o buraco. No final, Cebolinha comenta que ele é louco e não tem nada ali, mas quando anda um pouco acaba caindo, realmente tinha um buraco bem fundo e invisível a olho nu.
É uma história legal com o Cebolinha envolvido mais uma vez com o Louco, com todos os nonsenses, absurdos, conversa sem pé nem cabeça, trocadilhos ao pé da letra como é de costume nas histórias do Louco. Dessa vez foi foco em um buraco, que o Cebolinha precisou cavar, tapar de novo e ainda lidar com um buraco supostamente imaginário da cabeça do Louco, mas que realmente existia. Cebolinha sofria com ele.
Os trocadilhos no início foram muito bons também, como posição do carrinho em cima e embaixo expressão "deixa pra lá"e até ajuda os leitores a pensarem das diferentes formas de interpretação que uma coisa não muito bem falada pode causar questionamentos. A parte de quem compreendia o quê foi uma verdadeira conversa de maluco. Se o Cebolinha não tivesse ido junto com o Louco quando ele disse que ia embora, teria evitado todo o transtorno que teve.
Os traços ficaram bons, foi da transição dos personagens com bochechas pontiagudas do início dos anos 1970 com o processo de arredondamento dos personagens da fase superfofinha no final da década. Já estavam começando a querer ficar parecido como a fase consagrada dos anos 1980, mas ainda tinham um pouco de bochechas pontiagudas e traços mais fofinhos que o normal no geral. Curioso do Louco aparecer de camisa rosa e calça vermelha, o contrário do que estamos acostumados. É que em 1978 e 1979 eles estavam invertendo as cores da roupa dele, mas depois voltaram atrás e voltaram como era.
Foi republicada depois em 'Almanaque do Cebolinha Nº 12' (Ed. Gobo, 1991), de onde foi que eu tirei as imagens da postagem. Demorou um pouco a ser republicada visto os padrões da época que era mais comum republicarem histórias entre 5 a 10 anos atrás, mas pelo menos foi. Aqui a capa desse almanaque de 1991.
Capa de 'Almanaque do Cebolinha Nº 12' (Ed. Globo, 1991)
Créditos ;) Marcos Alves: http://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2020/04/cebolinha-hq-o-buraco.html
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