Mostro uma história de quando o Jotalhão e seu sobrinho foram visitar o Coelho Caolho dando mita confusão. Com 6 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 102' (Ed. Globo, 1995).
Nela, Jotalhão encontra o e compadre Coelho Caolho e lhe apresenta o seu sobrinho Junior. Coelho Caolho convida os dois para tomar café na sua toca e Junior fala que é bom porque está com fome. Jotalhão fala ao sobrinho que o Coelho Caolho convidou por educação e acaba aceitando o convite.
Ao entrar na toca, Jotalhão acaba alargando o buraco por conta do seu tamanho e peso e Coelho Caolho comenta que ganhou um teto solar. Enquanto Coelho Caolho avisa que vai pegar os cafezinhos, Junior senta em uma cadeira e acaba quebrando por conta do eu peso e ele reclama que não fazem mais móveis como antigamente.
Coelho Caolho traz os cafezinhos, Junior cochicha com Jotalhão que não gosta de café e prefere suco e lá vai Coelho Caolho fazer suco de laranja. Quando Coelho Caolho leva, Junior pede mais e Jotalhão dá uma bronca torta, falando que é para ter edução, que lógico que Coelho Caolho ia trazer mais sem pedir e Junior ainda fala que está com fome.
Depois, Coelho Caolho volta com o lanche e Junior come todos os sanduíches em segundos. Jotalhão manda Junior não ser inconveniente e ele próprio ir à cozinha buscar mais, deixando Coelho Caolho aflito. Enquanto conversam, Junior bagunça a cozinha toda e quando ele volta, pede para ir ao banheiro e enquanto Coelho Caolho fala que as novidades são terríveis, Junior destrói tudo, dando até vazamento, .
Jotalhão manda Junior ficar quietinho enquanto ele conversa com Coelho Caolho. Junior encontra uma bola perdida, chuta e derruba todos os móveis da sala enquanto Coelho Caolho fala que a plantação de cenoura está arrasadora. Jotalhão dá bronca no Junior, falando que talvez o compadre nem os convide mais para entrar e Coelho Caolho confirma que talvez. Eles vão embora, fazendo quebrar a escada quando sobem e Jotalhão lembra o compadre para consertara escada.
No final, Junior vai embora com a sua mãe (irmã do Jotalhão), volta para casa, comentando que agora é sossego e bom saber que o compadre gosta de crianças e ainda lembra que não viu a filharada dele. Nessa hora, Coelho Caolho aparece com todos os seus filhos e fala que estavam de férias e voltaram doidos para fazer visita ao tio, e com isso, fica sendo a vingança do Coelho Caolho, agora com seus filhos tirarem o sossego do Jotalhão.
História legal com Jotalhão levando o se sobrinho na casa do Coelho Caolho e destroem tudo lá por causa do peso e tamanho deles. Foi engraçado ver a cara do Coelho Caolho aflito enquanto eles destruíam tudo e sem poder mandarem embora para não se passar por mal educado e Jotalhão tentando ser educado, mas da maneira dele. Pelo menos Coelho Caolho conseguiu se vingar no final levando os seus filhos para visitarem o Jotalhão. Tipo de final que fica na imaginação do leitor o que os filhos do Coelho Caolho fizeram na casa do Jotalhão.
A história aborda de uma forma bem divertida as visitas inesperadas e inconvenientes que recebemos em casa e que não dá pra ser deselegante na hora. Para não dar mau exemplo das crianças fazerem bagunça quando visita alguém, evitariam história assim hoje.
Legal ver a família do Jotalhão. Além do Coelho Caolho que é compadre dele por ser padrinho de todos os filhos do Coelho Caolho, nessa história a gente conheceu o sobrinho Junior e a irmã do Jotalhão, mesmo que aparecendo só de costas no final. Eles apareceram só nessa história, mas bem que dava para ser aproveitado, podia ter se tornado fixo, tinha potencial para perturbar os outros integrantes da Turma da Mata, podia ser uma espécie de "Dudu" nesse núcleo.
Os traços ficaram bons, típicos dos anos 1990. Teve um erro de cores colocando os marfins da tromba do Jotalhão verde no primeiro quadrinho e erro também do Coelho Caolho aparecer falando de boca fechada em dois momentos, nas páginas 4 e 5 da história (páginas 60 e 61 do gibi). Erros de cores e personagens falando de boca fechada eram mais comuns nos gibis da Editora Abril, sobretudo os dos anos 1970, mas de vez em quando ainda tinham nos anos 1990. Eu gostava desses erros de vez em quando.
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