Mostro uma história em que o Zé Vampir tenta morder pescoço da técnica que estava consertando sua geladeira. Com 5 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 56' (Ed. Globo, 1991).
Começa com Zé Vampir faminto e com estômago roncando depois de acordar em seu caixão. Ele vai até à geladeira e o seu almoço, que era um homem vivo, foge correndo da geladeira. Zé Vampir reclama que seu almoço fugiu pela janela e acha que é a geladeira velha que está com defeito, que não congela como antes, e telefona para a empresa de assistência técnica "Crepe" para vir um técnico verificar.
Assim que coloca o telefone no gancho, o técnico aparece, que era uma mulher, e pergunta onde está a geladeira. Era no segundo andar e ela acha a casa velha e se assusta ao ver o caixão. Zé Vampir fala que era herança do seu bisavô e ela pergunta se ele não tinha mais nada na vida.
Quando a técnica está começando a consertar a geladeira, Zé Vampir tenta morder seu pescoço, mas ela se abaixa para pegar ferramenta na mala e Zé Vampir bate a cabeça na geladeira e ela diz que não admira que a geladeira está quebrada, pois não é assim que se abre a porta. Zé Vampir pergunta se ela não quer beber alguma coisa e ela responde que não bebe em serviço.
Zé Vampir pega um martelo para bater nela, só que na hora ela joga um rádio que era da sua vítima na cabeça dele. Zé Vampir fala que era o rádio do almoço dele. A técnica pergunta se ele come gente e ele revela que é um vampiro que suga o sangue do pescoço das suas vítimas. Ela gostou de conhecer um vampiro porque só tinha visto na televisão. Zé Vampir quer atacá-la e a técnica pergunta quem vai consertar a geladeira. Ela pede um autógrafo e ele manda consertar a geladeira primeiro.
No final, depois de consertada, quando Zé Vampir ia atacar, ela pede o autógrafo. Ele dá e e quando ia atacar de novo, a técnica dá a conta do serviço para ele pagar. Quando ele vê o valor altíssimo, se assusta e vira cinzas e a técnica reclama que os clientes inventam cada uma para não pagar a conta e vai embora. Ficou sem o pagamento, mas pelo menos não teve seu pescoço mordido.
É legal essa história com o Zé Vampir querendo consertar geladeira que não estava congelando suas vítimas e resolve atacar a técnica que foi consertar. Ela conseguiu enrolar bem quando descobriu que ele era vampiro e acabou não tendo seu pescoço mordido. Na lenda, vampiro vira cinza quando tem contato com luz do Sol, crucifixo, alho, mas com o Zé Vampir pagar uma conta caríssima também é motivo de virar cinza.
Foi muito boa a sacada do Zé Vampir guardar suas vítimas na geladeira para não estragar. Ao invés do Zé Vampir ir na rua de dia para buscar suas vítimas, ele busca durante a noite e guarda na geladeira para manter fresca e almoçar durante o dia. O bom no Zé Vampir que era um vampiro clássico que mordia pescoço, fugia de Sol, crucifixo e alho, dormia em caixão e tudo e às vezes tinham alguma modernidade em cima das características clássicas, como foi nessa. Só não tinha padronização de onde morava, ora ele morava em castelo velho assombrado, como foi nessa história, ora era no cemitério do Penadinho. Hoje em dia raramente têm histórias com ele mordendo pescoço das pessoas e ficar dormindo dentro de caixão, sem chance, mesmo sendo um vampiro, ou seja, é uma história impublicável atualmente.
Vale destacar que essa história teve inovação de uma técnica de geladeira ser mulher, fugindo do padrão de ser sempre técnico homem. Criativo também a empresa de assistência técnica se chamar "Crepe". Os traços ficaram ótimos, bem caprichados. E essa história foi lançada depois como desenho animado em 1998 como parte integrante do VSH "O estranho soro do Doutor X"
Créditos ;) Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2020/07/ze-vampir-hq-comida-fresca.html
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