segunda-feira, 12 de junho de 2023

Arquivos Turma da Mônica N°1.163 - Rolo: HQ "O Carango"

Mostro uma história em que o Rolo passou sufoco em carro pifar na beira da estrada com a garota que queria conquistar. Com 8 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 10' (Ed. Globo, 1987).

Capa de 'Mônica Nº 10' (Ed. Globo, 1987)

Rolo está animado com seu primeiro encontro com a Claudinha naquele sábado e vai de carro. Comenta que não foi fácil convencer o pai a emprestar, mas não podia recusar depois da limpeza geral que deu no carango e ele precisa impressionar a garota, só assim para namorar com ele.

Rolo chega no ponto marcado, Claudinha elogia o carro e pergunta se é dele, que diz que sim e a manda entrar. Claudinha pergunta para onde eles vão e Rolo diz que é surpresa, vai ser um lugar muito especial. No caminho, ele pensa que Claudinha vai adorar o restaurante bacana que ele conheceu outro dia.

Claudinha pergunta se o lugar é longe, Rolo diz que um pouco, mas vai valer a pena. Resolve cortar caminho em uma estrada deserta e o carro pifa. Claudinha pergunta por que parou e, como Rolo não queria que ela achasse que o carro não era bom, inventa que já chegaram no local. Claudinha reclama e ele diz que pensava que ela ia gostar de apreciar a paisagem e poderiam fazer um piquenique noturno, ele tem umas bolachinhas.

Claudinha começa a gritar por socorro, que Rolo era um tarado. Ele diz que não tem ninguém ali, Claudinha fala que ele pensou em tudo, bate nele com a bolsa e vai embora para a casa a pé. Rolo diz que é perigoso ela andar sozinha pela estrada e ela responde que melhor que ficar com ele. Rolo fala a verdade, que o carro pifou e ela vai embora sem acreditar. Rolo lamenta que ela não ficou nem para ajudar a empurrar o carro, quando aparece um mecânico, que conserta, falando que era só falta de água na bateria e Rolo pede mais um favor por causa do problema com a garota. 

Depois, Rolo aparece para Claudinha, ainda na estrada, com o carro guinchado. Aí, ela acredita e pede desculpas. Rolo diz que ele devia ter dito a verdade, mas queria impressioná-la e estragou a noite. Claudinha fala que se ele convidá-la para sair amanhã de noite, ela aceita e então combinam de sair as 7 horas da noite. No outro dia, Claudinha espera Rolo no ponto marcado e fica mais de 2 horas esperando, quando está prestes de ir embora, Rolo aparece, dizendo que se atrasou porque o carro pifou de novo e ela diz que é desculpa esfarrapada e não vai acreditar nisso.

História legal em que o Rolo pega o carro do pai para impressionar a Claudinha e ter chance de ela ser sua namorada, só que não contava que o carro ia pifar na estrada e por não ter dito a verdade, se passou por tarado que queria pegar a mulher na beira da estrada. Depois de conseguir contornar a situação com ajuda do mecânico, eles se acertam e no novo encontro o carro pifa de novo e ela acha que é outra desculpa esfarrapada, deixando Rolo sozinho.

Eram engraçadas as histórias do Rolo enrolado com a mulherada. Nessa, tudo que ele queria era impressionar, com carro luxuoso que nem era dele e ir a restaurante caro para conquistar a garota e se deu mal. Se tivesse falado a verdade para Claudinha logo de cara, ela poderia acreditar e como ele já tinha mentido, não acreditou também depois do carro pifar em dois encontros seguidos. Se existisse celular na época, ele poderia telefonar para ela avisando que ia se atrasar e daria para contornar, o que é legal que mostra uma situação datada do século passado, de acontecer imprevisto e nem poder telefonar para outra pessoa que estava na rua para avisar.

Rolo estava no relacionamento à base de mentiras, já dizendo que o carro era dele enquanto na verdade, era do pai. Se Claudinha descobrisse isso, mesmo que tivesse dado tudo certo no encontro deles, também poderia não namorar se ela não aceitasse mentiras. Claudinha se passou por uma mulher interesseira, que só seria conquistada com homem carro luxuoso, jantar em restaurante caro.

Foi engraçado Rolo falar sozinho no início da história contando suas mentiras, inventar que iam observar paisagem da estrada e fazer piquenique noturno e se passando por tarado. O final ficou aberto de se Rolo conseguiu convencer Claudinha que o carro pifou mesmo ou se eles terminaram de vez, fica na imaginação dos leitores a sequência, eles gostavam de histórias com finais abertos.

Incorreta hoje em dia por ideia de homem tarado na estrada e de que mulher é conquistada só por homem com carro de luxo e muito dinheiro, Claudinha bater no Rolo de bolsa porque não pode mais violência nem personagens aparecerem surrados, mentiras do Rolo como dizer que o carro do pai era dele e também por envolver namoro, já que nem namoro de crianças, nem de adultos pode mais, além das palavras "tarado" e "Droga!" são proibidas nos gibis atuais. Os traços muitos bons, típicos dos anos 1980, eles caprichavam nas mulheres que o Rolo namorava, era uma mais bonita que a outra. 

Créditos - Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2023/06/rolo-hq-o-carango.html 

Um comentário:

Quatro D disse...

Primeiro: Por favor, muda esse plano de fundo, que dá me dando dor na vista.

A história em si é boa, o Rolo geralmente aprontava e se dava mal, mas, aqui, dá até um certo dó dele. Também, a má impressão é a que fica.

Historinha boa, dos tempos que o politicamente correto não tinha estragado totalmente os gibis.