Capa de 'Cebolinha Nº 156' (Ed. Abril, 1985) |
Mostro uma história em que o Seu Cebola fica com dilema de dar ou não para crianças pobres os presentes de Natal que tinha comprado para os filhos. Com 6 páginas, foi história de encerramento de 'Cebolinha Nº 156' (Ed. Abril, 1985).
Seu Cebola se prepara para se fantasiar de Papai Noel para fazer surpresa para seus filhos. Enquanto Dona Cebola coloca as crianças para dormirem, Seu Cebola vai à loja do Seu Afonso para comprar a fantasia e os presentes deles. Seu Afonso já deixou roupas e saco de presentes separados, Seu Cebola põe a fantasia e Seu Afonso acha que é um Papai Noel magro e que fez plástica para tirar as rugas.
Seu Cebola lhe deseja um feliz Natal e no caminho de casa encontra duas crianças pobres, que pensam que ele era o verdadeiro papai Noel e perguntam o que trouxe de presente para elas. Seu Cebola diz que já distribuiu todos os presentes e no saco tinha roupa suja. Os irmãos choram e ficam muito tristes com mais um Natal sem presentes e vão embora com o menino dizendo que pensava que o Papai Noel era um velhinho bacana, mas nunca lembra deles.
Seu Cebola fica com pena, mas não pode dar os presentes dos filhos para eles. Vai até a casa dos irmãos, vê as crianças comentando que os vizinhos que podem comprar presentes, ganham do Papai Noel todo ano e eles, nada. Seu Cebola se comove, acha que se explicar para os filhos vão entender e resolve dar os presentes deles para os irmãos pobres.
A menina fica muito feliz com a boneca que ganhou e o menino, com a bola de capotão, agradecem e falam que ele é o velhinho mais legal do mundo. Seu Cebola volta para casa, tira a fantasia e espera que os filhos entendam que ele fez. Quando entra em casa, surpreende que Cebolinha e Maria Cebolinha tinham ganho bola e boneca. Dona Cebola diz que ele foi perfeito, quase acreditou que era o verdadeiro Papai Noel. No final, Seu Cebola avista pela janela o Papai Noel no trenó após ter dado os presentes para os filhos dele.
História legal, bem emocionante, em que o Seu Cebola queria dar presentes de Natal para os filhos vestido de Papai Noel e duas crianças pensavam que ele era o verdadeiro bom velhinho e achavam que ele não queria dar presentes. Seu Cebola fica com pena e dá os presentes que daria para os filhos e pensa que ficariam desapontados por não ganharem nada, mas o verdadeiro Papai Noel dá os brinquedos que queriam.
Deu pena das crianças que nunca ganhavam presentes de Natal e tinha esperança que naquele ano o Papai Noel ia dar os presentes e ficaram na mão. Ainda bem que Seu Cebola mudou de ideia e foi recompensado pelo Papai Noel pela sua atitude e boa ação. O Papai Noel poderia ter dado os presentes para as crianças pobres e não precisaria do Seu Cebola ter dado, ficou como se realmente Papai Noel dava presente apenas para quem tinha condições, só que aí não teria história. Acredito que se Cebolinha e Maria Cebolinha ficassem sem os presentes de fato, para essa causa eles não iam achar ruim e era só comprar um presente no dia 26.
O humor ficou com o papo do Seu Cebola com Seu Afonso de Seu Cebola ser Papai Noel magro depois do regime e sem rugas depois de ter feito plástica ficou e a música Jingo Béu parodiada. Legal também a Lua humanizada feliz com a boa ação do Seu Cebola. Apesar da ideia de que Papai Noel não existe com Seu Cebola se passando por um, teve o verdadeiro Papai Noel na história para não tirar por completo a fantasia das crianças que ele não existe.
Os traços ficaram bons, típicos de histórias de miolo dos anos 1980. Incorreta hoje em dia por mostrar emoção, deixar as crianças comovidas e tristes por um momento, apesar de ter tido final feliz para todo mundo, tudo que acham que vai traumatizá-las não pode mais, além da ideia de que são os pais que dão presentes de Natal e não o Papai Noel e a Dona Cebola aparecer de avental. Teve erro de não desenharem as crianças com os pés na grama no primeiro quadro da 4ª página da história, dando impressão que estavam flutuando no ar. Foi republicada depois em alguns almanaques especiais de Natal, um deles foi em 'Mônica Especial de Natal Nº 2' (Ed. Globo, 1996).
Capa de 'Mônica Especial de Natal Nº 2' (Ed. Globo, 1996) |
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