segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Arquivos Turma da Mônica N°377 - Livro L&PM: As Melhores Histórias do Penadinho!

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Nessa postagem mostro como foi o livro "As Melhores Histórias do Penadinho", da coleção da Editora L&PM lançado em 1991.

Seguindo o formato dos outros livros da coleção, esse tem formato de 21 X 28 cm, 52 páginas e papel de miolo off-set, tanto na versão capa cartonada quanto capa dura. Na capa, sempre com o personagem em uma situação ou com um objeto que tem a ver com sua personalidade, a gente vê o Penadinho no cemitério e a Alminha se aproximando ao fundo, representando o seu cotidiano.

O livro abre com o frontispício com o título "Alma do outro mundo, eu?!", ilustrado com imagem do Penadinho e Alminha namorando, que fala que é o pessoal para ter medo é dos vivos e não dos mortos, que nem sabemos se fantasmas existem mesmo e que Penadinho foi criado com base nisso, para fazer piadas com fantasmas e apresenta os principais personagens, só não falou do Cranicola. Na página de evolução, mostra 2 imagens do Penadinho, com uma de quando ele foi criado em 1963 e outra atual até então.
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Evolução do Penadinho
Em seguida vêm as histórias republicadas, sendo 11 no total entre 1972 a 1985. A maioria são historias do Penadinho, mas algumas com ele só faz participação e não aparece em 2 delas. Tiveram histórias com a turma toda, menos com a Alminha, ou colocando os personagens como protagonistas ou fazendo participação. Mostram o cotidiano dos personagens no cemitério, mostrando suas características, ou fazendo críticas ao mundo dos mortos, podendo refletir sobre alguma coisa.

A relação de histórias republicadas (todas da Editora Abril), com número da edição e ano foram essas:
  1. A faxina (MN # 41, de 1973)
  2. Penadinho (MN # 33, de 1973)
  3. Penadinho (MN # 23, de 1972)
  4. Encontro com a cegonha (CC # 48, de 1984)
  5. Almas penadas (CB # 147, de 1984)
  6. O Herói (MN # 184, de 1985)
  7. Um caso de morte (CC # 55, de 1984)
  8. Quem vai, quem fica (CC # 66, de 1985)
  9. Ser ou não ser (CC # 61, de 1984)
  10. Fazendo corpo mole (CC # 57, de 1984)
  11. Penadinho (MN # 125, de 1980)


Prevaleceram histórias dos anos 80 e não teve nenhuma com os traços superfofinhos do final dos anos 70 e a gente conferiu mais os diversos estilos de traços dos anos 80. Nas histórias dos anos 70 desse livro aparece o Penadinho contracenando com outros fantasmas, que era o que prevalecia na época. Os monstros da turma foram criados ao longo dos anos 70 e apareciam raramente nos gibis e nas tiras de jornais, sem características muito definidas e só passaram a ter mais destaque quando lançaram o gibi do Cascão em 1982.

A primeira história do livro foi "A faxina", bem simples de 4 páginas, em que o Penadinho tenta organizar sua cova tirando todo o lixo que não serve mais, mostrando um lado lerdo e atrapalhado do Penadinho. Nessa o Zé Finado contracena com ele no início.

Em seguida, vem uma história curta de 2 páginas, sem título, apenas chamando"Penadinho", em que o Penadinho, Zé Finado e outros fantasmas se juntam para ouvir irradiação de futebol no rádio. Essa aproveitada de tabloide de jornais para o gibi da Mônica, incluindo, inclusive, número das páginas no rodapé, preservando igual como saiu no gibi original. Uma coisa legal nessas primeiras histórias do Penadinho é mostrar no primeiro quadrinho apenas o nome dele e uma imagem dele embaixo para reforçar quem ele era, porque pelo visto ele não era muito conhecido, afinal quase não tinha história dele nos gibis.
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Trecho da HQ "Penadinho" (1973)
Depois vem "Penadinho", outra sem título, curta de 3 páginas, com o Pixuquinha aflito porque soube que pode ressuscitar em forma de um jerico (burro). Muminho foi citado na história, mas não apareceu. Essa devia abrir o livro por ser a mais velha do livro e de curiosidade foi a estreia do Penadinho nos gibis. Ou seja, clássica.
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Trecho da HQ "Penadinho" (1972)
Em seguida começam as histórias dos anos 80. Em "Encontro com a cegonha", com o Penadinho inconformado porque foi convocado para reencarnar. Para os fantasmas reencarnar era como se fosse a morte para os humanos. A partir dessa história mostra oscódigos exatamente como sairam nos gibis originais.

Logo depois vem 2 histórias sem presença do Penadinho. Em "Almas penadas", Diabão vende almas no mundo dos vivos por causa da superlotação de almas no inferno. Já em "O herói", Pixuquinha considera o Zé Vampir um herói, mas para sua decepção, descobre que o Zé Vampir tem medo de muita coisa. Curiosidade do Lobisomem sendo chamado de Lupe, em vez de Lobi ou Lobisomem. Essa história devia encerrar o livro, já que é a mais nova presente.
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Trecho da HQ "O Herói" (1985)
Em "Um caso de morte" - Dona Morte quebra o pé e não pode trabalhar e pede ao Penadinho buscar o velhinho Ataulfo, causando muita confusão. Dona Morte só participa no início e no final, afinal é o Penadinho quem está substituindo no serviço.
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Trecho da HQ "Um caso de morte" (1984)
Em "Quem vai, quem fica", um fantasma inconformado que havia morrido visita a sua família e amigos no mundo dos vivos e descobre que não fez falta quando morreu já que trataram logo de arrumar substitutos assim que ele morreu. Dona Morte aparece só no início. Não teve uma história protagonizada por ela, mas pelo menos teve presença no livro. Apesar de fazer referência a 1984 no código, ela é uma história publicada em 1985, já que nos gibis de janeiro a março colocavam o ano anterior nesses códigos. 

Já na história "Ser ou não ser...", Lobisomem resolve contar para a sua esposa que é um lobisomem depois de 10 anos de casados. Nessa Penadinho só faz participação no início, sendo protagonizada mesmo pelo Lobisomem.
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Trecho da HQ "Ser ou não ser..." (1984)
Em "Fazendo corpo mole", um esqueleto sem cabeça procura a sua cabeça no cemitério e Penadinho chama Cranicola para ocupar a cabeça. Representa história com Cranicola e o seu desejo de ter um corpo. Teve boa presença do Penadinho, mas o Cranicola que é o verdadeiro protagonista.

Na última história do livro, volta para o final dos anos 70, de 1 pagina sem título, apenas"Penadinho", em que um fantasma surge no cemitério e reclama que morreu sem ter feito nada na sua vida, só pensando no que fazer da vida sem decidir nada. 

Enfim, esse livro do Penadinho é muito bom e vale a pena. Quase todos os personagens apareceram, nem que seja por participação, só faltou a Alminha, mas que foi lembrada pelo menos na capa e na imagem do frontispício. E podia ter alguma história do final dos anos 70 para mostrar os traços superfofinhos. Como só tem 52 páginas, sempre falta alguma coisa. Mesmo assim é muito divertido e recomendo esse livro.
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Créditos;)  Marcos Alves http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2015/10/livro-lpm-as-melhores-historias-do-penadinho.html

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